Identification : Taxon non définitivement identifié actuellement (Howard 1983). Longtemps considéré comme une espèce du genre
Macrolobium, ce qui a été infirmé par Cowan (1953). S'agissant d'un arbre à feuilles bifoliolées, il ne peut s'agir
que d'une Detarioideae (l'appellation d'Aublet, Wapa "violet", évoquant
nécessairement un
Peltogyne...). Amshoff (1939) considère qu'il s'agit presque certainement d'une espèce de
Peltogyne Vogel, vraisemblablement
Peltogyne venosa var.
densiflora (Benth.) Amsh. 1939.
D'après Amshoff (1939): "Possibly
Vouapa Simira Aubl. belongs here [
Peltogyne venosa var.
densiflora]. The vernacular name given by Aublet (
Simira) points either to
Hymenaea Courbaril L. (
Simiri of the Caraibs) or to a
Peltogyne species (
Simirang of the Caraibs), the wood described by Aublet as violaceous, to a species of
Peltogyne. Aublet’s type specimen in the British Museum consists of a sterile branch with three very young and undeveloped 2-foliate leaves (exactly as described by Aublet). As the fruits described by Aublet can hardly belong to a member of this family, the species remains doubtful."
D'après Cowan (1953): "Aublet's plate representing this species shows unijugate leaves, the leaflets of which are equilateral and petiolulate. In addition to the foliage, only a single legume was depicted and this was orbicular in outline. The only recognized species possessing such leaflets is one from central Brazil,
M. arenarium. In contrast to the orbicular legumes shown in Aublet's figure, the fruits of M. arenarium are elongate-oblong.
An isotype of
Vouapa simira Aublet has been studied at the British Museum (Natural History) and I am certain that it represents no recognized species of
Macrolobium."
D'après Silva (1976): "Amshoff (1939) fez referência à
V. simira Aubl. dizendo que possivelmente esta espécie seria sinônimo de
Peltogyne venosa subsp.
densiflora, isto baseado no espécime tipo de Aublet depositado no British Museum (BM), um exemplar estéril, com três folhas bifolioladas jovens e ainda pouco desenvolvidas. A coloração violáceo da madeira foi evidentemente, que o levou a colocar a referida espécie no gênero
Peltogyne. Isto porque o fruto, conforme descrito por Aublet, segundo aquele pesquisador, deixa dúvidas quanto à verdadeira posição da espécie dentro do gênero.
Mais recentemente, Cowan (1953) reconheceu os folíolos daquela mesma espécie —
Vouapa simira, como pertencentes à espécie
Macrolobium arenarium, uma espécie que ocorre na região central do Brasil. A seguir ele faz restrições quanto a forma do fruto mostrada numa gravura por Aubiet, como um legume orbicular, forma que diverge totalmente da forma alongado-oblonga do fruto daquela espécie.
É evidente que, possivelmente, Cowan não viu o desenho de Aublet sobre o fruto, e não observou a madeira de cor violácea muito característica do gênero
Peltogyne e que certamente não ocorre no gênero
Macrolobium. Porém, como não nos foi possível obter maiores elementos para melhores conclusões, preferimos colocar a espécie como duvidosa dentro do gênero, até que possamos definir sua verdadeira posição taxonômica. No entanto, parece ser comum a mistura de material nas coleções de Aublet, pois semelhante problema ocorre com outra espécie, como por exemplo, com
Pekea butyrosa Aublet (Caryocaraceae), segundo Prance & Silva (1973). É bem provável, portanto, que Aublet descreveu as folhas de uma espécie de
Macrolobium e a madeira e o fruto de uma outra de
Peltogyne."
Références :
Amshoff (1939)
,
Cowan (1953)
,
Silva (1976)
Type : Guyane française, Kourou, à 10 lieues de son embouchure, abatti à 0,5 lieues de la rivière, sur sol sablonneux et marécageux, 06/1763 ou 06/1764, fruits, J.B.C. Fusée Aublet s.n. (LT:
BM000952222 [sur
Global plants; cité comme type par Amshoff
in Meded. Bot. Mus. Herb. Rijks Univ. Utrecht, 52: 16. 1939 "a sterile branch with three very young and undeveloped 2-foliate leaves"]; ILT:
P00777306 [= P-JJR, 1:47; cité comme type par Lanjouw & Uittien, Recueil Trav. Bot. Néerl. 37:
159. 1940 "une branche stérile ressemblant à la partie supérieure de celle de la planche"]).
